quarta-feira, 12 de março de 2014

BOAS VINDAS A: Polyana Vitoraci

Polyana Vitoraci veio parar no grupo Atos de Teatro. E nessa nova jornada está se preparando para encarar o desafio de dar a vida a uma das personagens mais polêmicas da comédia 'O Vovô Viu a Uva'. E ela topou descrever o que sente vivendo esse turbilhão de novidades.  Você pode adivinhar quem será o personagem de Polyana?Veja:


Estar no grupo Atos de Teatro é sair da rotina.  Estar em contato com um universo que, de fato, é apaixonante. É praticar aquilo que se ama de verdade.  É descobrir um outro eu. Poder conhecer pessoas agradáveis, educadas e com um humor fantástico.

Ser a Rita é ter uma dualidade nas ações e nos sentimentos. É saber atacar e recuar nos momentos necessários. É brincar com a sensualidade, conquistar aquilo que se deseja e por fim: saber reconhecer as pessoas que de uma forma ou outra lhe estende à mão.

Merda para Polyana!

Temos muito mais para te contar! Fique de olho nas nossas próximas publicações!

domingo, 22 de dezembro de 2013

Ser mau não é tão ruim

Estamos frente a frente em pleno sábado chuvoso. Disse a ele que poderia ser invasiva com minhas perguntas. Um singelo “Vamos começar” surgiu como resposta. Desde o início aqueles olhos castanhos estavam fixados nos meus, pareciam desafiar os limites da minha sagacidade como entrevistadora. Eles passavam mensagens como quem diz “Será que hoje você vai desvendar meus segredos?”. Foi nesse clima instigante que entrevistei Alessandro Rodrigues. 

O ator, veterano no teatro, se julga uma pessoa má. E, ao contrário do que muitos pensam, trata essa característica como uma vantagem. “Todo mundo tem um lado bom e um lado mau. Tenho certeza que meu lado mal é mais aflorado. E não me critico por isso”. Alessandro consegue ver pureza na sua maldade, pois o ajuda a detectar seus pontos fortes e conhecer mais as pessoas à sua volta.




Em cena, o intérprete do enfermeiro “Jurandir” – de “O Vovô Viu a Uva” – vive um jovem interesseiro que tenta abocanhar a herança de seu “Hipólito” (Ed Júnior) usando charme e vigiando os passos de seus rivais em potencial.  Rodrigues diz que adora ser vilão e, assim como seu personagem, acha que a vida é como um jogo de interesses “e danço conforme a música”, diz o ator. 


O ator Alessandro Rodrigues como Jurandir ao lado de Rita (Lamylle Mello)

A primeira vez que foi um mal sedutor foi em “O Marido da Minha Mulher” (2010). Ele formava par com a atriz Danielle Caetano, amiga de longa data que, atualmente, é “Jorja” na peça do grupo Atos. Porém, a sina de vilão vem desde sua estreia no teatro profissional em 2000, com a peça "Que História é Essa". Desde então já viveu seres místicos como duendes e bruxas, momento em que descobriu sua paixão por peças infantis.


Alessandro e Danyelle Caetano em 'O Marido da Minha Mulher'

"Trabalhei em uma produtora artística como ator em montagens maravilhosas, a maioria de clássicos da Disney. Cresci e amadureci bastante, porque a criança é um espectador sincero, se não gosta diz na cara. Me sinto livre em espetáculos infantis, na minha carreira guardo com muito carinho a peça ‘Dona Ursa  Faz Quitutes’ que tinha um enredo legal e o elenco era demais!”. 

'Dona Ursa Faz Quitutes', um dos trabalhos infantis que Alessandro mais gostou  


                                                                          Retrato da estreia de Alessandro no mundo teatral

Nessa estrada teatral, Alessandro já se transportou para o Nordeste em “A Feira”, peça com montagem do grupo capixaba Vira-lata cujo texto era rico em rimas e palavras do vocábulo nordestino; E até se utilizou de móveis humanos em “O Casamento”, um de seus trabalhos ao lado da diretora, autora e atriz Margareth Galvão, que contava com um cenário vivo formado por mais de dez atores a interpretar objetos, enredo baseado na teoria de Brecht.


 Peça em que Alessandro divide cena com Ed Júnior

'O Casamento', peça que trata de amor e avanços tecnológicos

Quando se trata de projetos futuros, Rodrigues confessa que deseja fazer musicais e ser crítico de cinema e se prepara para isso. Em 2014 voltará às aulas de canto já na sétima arte sempre assiste longas de diferentes gêneros e nacionalidades, e o drama é o que mais o arrebata. Criou também um hábito de acompanhar vários seriados ao mesmo tempo. “Costumo ver a primeira temporada de cada seriado, a segunda, terceira e assim sucessivamente até acabar. Atualmente me revezo entre dez seriados”, revela. Veja os seriados que nosso ator curte: 




Intenso, Rodrigues afirma que a arte de interpretar é prioridade em sua vida. Ao invés de o teatro se adaptar aos demais compromissos, são os demais compromissos que se adaptam ao teatro. Isso faz com que seja mais prático nos relacionamentos. Nada de se envolver com quem não goste de teatro, nada de namorar alguém do elenco, nada de se apaixonar perdidamente, nada de casamento, nada de ter filhos, nem mesmo se relacionar com pessoas influentes no ramo artístico em busca da fama. Apesar disso declara que “carreira se sobressai a amor, porque amores vêm e vão”.

Nas telonas ficaria careca, apareceria nu, também viveria personagens gays com uma ressalva: “Para retratar o cotidiano homoafetivo não precisa escancarar no sexo. Acho desnecessário uma cena explícita de uma transa. Tem alguns elementos que já insinuam o que vai rolar, não precisa escancarar. Para fazer uma cena rasgada assim, o diretor teria de me convencer de que é um mal necessário. Se for uma denúncia aos casos de violência sexual, como estupro, dependendo do contexto, posso pensar no caso”. Ele relata que não tem desejo de interpretar pessoas que viveram na época da ditadura, uma fase por ele considerada muito pesada.





Aos 35 anos, o capixaba diz que já se prepara para ficar mais velho. “Eu não janto, não como frituras, não tomo refrigerante ou coisas pesadas à noite. Quando tiver 40 anos vou começar a surfar bodyboard. Acho que em pé ainda não tenho coordenação motora. Quero ser mais saudável, já reparou o preparo físico de quem surfa?”, comenta. Alessandro Rodrigues ainda deixa um recado para quem quer entrar no mundo do teatro: 

“Não tenho padrão de beleza convencional. Não sou rostinho de novela, mas amo e invisto na atuação. Se você quer entrar pra fazer teatro capixaba, não entre. Você tem que ter certeza de que quer aquilo, porque teatro você tem que abrir mão de tudo”.



Por Tais de Hollanda

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Peça teatral “O Vovô Viu a Uva” retorna a Viana em apresentação gratuita




Após três meses da estreia da comédia "O Vovô Viu a Uva", o grupo Atos de Teatro do Espírito Santo retorna ao município dia, 07 de dezembro, no palco do Teatro Municipal Luis Rodrigues de Siqueira. Graças ao apoio da Prefeitura de Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, a encenação será aberta ao público, com classificação de 15 anos

Desta vez tem gente estreiando no palco: Thamyres Rufino dá vida “Rita”, com direito a sabor de uva! 





A jovem é a grande paixão de Hipólito, o patriarca da família Alcântara. Este sentimento que brotou neste senhorzinho de 80 anos é visto como ameaça para sua filha, seu genro, neta e enfermeiro, que desejam abocanhar sua tão esperada herança.

O texto é de Valdemir Mattos e a direção é de Walter Filho. No elenco estão também os atores Ed Júnior, Tais de Hollanda, Hewerton Fraga, Danyelle Caetano e Alessandro Rodrigues. O diretor revela a sensação de retornar à Viana com essa comédia:

“É uma alegria apresentar em Viana. O público gosta de interagir, o que nos emociona muito. Pretendemos fazer chorar de rir”, afirma.





Outra atriz que é veterana no teatro, porém é nova no grupo é a Polyana Martinelli. Em Viana, a atriz ficará nos bastidores da peça, mas Polyana se prepara para a temporada de 2014 que promete ser agitada para nós! Quem quiser conhecer mais do trabalho do grupo capixaba basta acessar facebook.com/atosdeteatroespiritosanto





Por Tais de Hollanda


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Fuga da artificialidade: Atreva-se, se for capaz




É meio de semana e eu, como legítima trabalhadora do shopping, devoro um hambúrguer e na sacola de papel um milkshake de morango me aguarda. Ao destroçar cada pedaço daquele fasfood entre passo fast as pessoas, até quando o tom vermelho abrandou os passos coletivos e o tão saboroso lanche dividira espaço com o cheiro de merda pública a entranhar nas minhas narinas. Muitos já devem ter localizado o templo do consumo do qual me refiro, mas não vem ao caso.

A retenção do sinal fez com que em um milésimo de segundos traçasse pensamentos de como era gostoso o sabor daquele hambúrguer aroma churrasco. O chedar e o bacon faziam par perfeito à alegria de estraçalhar aquela iguaria. Hum! Bom!! Bom pra cassete! Que cassete se tudo é artificial?! Conversas artificiais, curtir, poses espontaneamente calculadas, compartilhar, liberdade versão online tão lasciva quanto a humanidade dos fakes.

Quem você quer ser? Vista a sua máscara! Na plataforma virtual você navega no mundo da fantasia que quebra tempo e espaço. Quem diria! Nos meus tempos de salas de bate-papo Uol me divertia ao descrever que era uma morena dos olhos azuis sem igual e cadeiruda! Quando não fingia ser o príncipe encantado das menininhas! Aquele que até a gente sonha, sabe?

E sacanagem? Ah! Dá para falar muitas putarias. Todas as que vem à mente, até aquelas que você mesma se autoduvida! O mais divertido são as reações! Todas tão favoravelmente esperadas! Afinal pra viver em rede tem de ter afinidade. Até as reações contrárias no máximo se enquadram na categoria bizarrices. Então o meu ‘KKK’ significa que estou a gargalhar? Um ‘gato, dorme comigo’ é o mesmo que diria pessoalmente? Cadê o fator surpresa?

A surpresa é de assistir a vida de pipoca de microondas na mão. E ela passa, passa, passa, fast, fast. Precisamos experimentar a realidade com doses homeopáticas de humanidade. Trocar beijos, bofetadas, sarros, abraços, amassos. Hoje eu falo de mim e de você. Atreva-se!  

Por Tais de Hollanda


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Entre as pernas teatrais
O bastidor de um espetáculo é cheio de adrenalina, energizado e reserva grandes revelações
 
Ao toque da campainha, lá se abrem as cortinas. Ou seja, numa velocidade incrível de três sequências da campainha teatral, e os longos meses de ensaio se destrincham em cenas que compõe o espetáculo. Para a plateia um regozijo, para os atores sensação de dever cumprido.

Nesta primeira temporada da comédia O VOVÔ VIU A UVA enfrentamos grandes desafios. O primeiro de todos é de se reunirem seis desconhecidos, sete contando com o diretor. Sim! Pois nem sempre interpretamos ao lado de amigos, coleguinhas. No mundo da atuação primeiro forja-se intimidade e depois a conquista.

Chega até ser engraçado, pois Dany trouxe Alessandro, que trouxe o Ed que aceitou o papel e deixou o vovô Walter a ver uvas de felicidade! Nós, véinhos do grupo Atos de Teatro ES, ficamos é muito contentes de ter realmente arrumado uma família!!

Entre pré-estreia e apresentação final quanta alegria! Quanta bagunça! Era gente nervosa – fazer número 1, número 2 – que fome! Estudei o texto?; Qual a marcação de luz?; Será que fulaninho que eu to afim vem? To gordo nesse ângulo! – Ta vendo porque a peça começa à noite, mas à tarde já estamos a postos?

O que será que se passa nas coxias? Nas pernas do teatro? É tanta coisa! Talvez seja mais fácil entender o que se passa na cabeça das mulheres! Um apoia/acoberta o outro. É um troca troca de roupa, parece que ninguém tem sexo, porque o que um não vê do outro...Deixa pra lá! É segurar riso, palavrão, nervoso e tesão.

Que história! Que experiência! Fico feliz de ter vivido isso! As pessoas aplaudem, as cortinas se fecham e só ficam na mente os sorrisos dos amigos, as brincadeiras em grupo, os cacoetes e um muito obrigada, elenco! Hoje posso dizer sem saber se é recíproco e verdadeiro!

Vocês fazem minha vida mais feliz! Queridos:

Danyelle Caetano, meu Jorjão

Alessandro Rodrigues, meu Alerrandro

Lamylle Mello, minha perigosinha

Hewerton Fraga, meu eterno cúmplice

Ed Júnior, meu revigorador

Walter Filho, meu professor

Por Tais de Hollanda

terça-feira, 23 de julho de 2013

Vem ai! O vovô viu a Uva


Em agosto o grupo Atos de Teatro ES entra em temporada com a peça O VOVÔ VIU A UVA!!
 Te esperamos lá!


Sinopse

Depois de várias internações, Hipólito (Ed Júnior) retorna ao lar a contragosto de sua filha Izabel (Tais de Hollanda), seu genro Hilário (Hewerton Fraga) e sua neta Jorgina (Danyelle Caetano), ou melhor, Jorja. Aos cuidados do aproveitador enfermeiro Jurandir (Alessandro Rodrigues), o senhorzinho vê o fogo da paixão renascer quando se depara com Rita (Lamylle Mello), a amiguinha entrona de Jorja. O velhote, dono de uma boa grana, resolve agradar a formosa jovem com seus bens em troca de ver as ‘uvinhas’ da moça. A casa vira de pernas pro ar quando alguns segredos vêm à tona podendo mudar a história dessa família nada tradicional.



Dias 01 de Agosto em Viana (Teatro Luis Rodrigues de Siqueira)

02 de Agosto em Vila Velha (Teatro do Marista)

03 de Agosto em Jardim da Penha (Teatro do Sesi)

Todas as apresentações às 20:00hs!
 
Inteira R$ 26,00

Meia R$ 13,00

Antecipado R$ 10,00

Mais informações no facebook oficial do grupo:

Por Tais de Hollanda


A bonita
           Ela rouba cena por onde passa com seu jeito excêntrico fora e dentro dos palcos

O que é o que é: É menininha, é caipora é Taffarel. É Naiá, baiana, Lady Monstreia. Seja noite ou dia é Soninho, também árvore e diabinha. Com esta charada lanço uma última pista: Ao final de seus espetáculos, a atriz costuma tocar os lábios nos próprios ombros e juntar o nome de batismo com os dizeres ‘a bonita’.

Esse jogo de palavras é para falar da atriz Lamylle Mello. Ela que atua no grupo Atos de Teatro ES desde 2010 é destaque em peças infantis e adultas. Mas, bem antes de ser todas as personagens citadas no início do post, Lamylle é simplesmente alguém que chama atenção por onde passa.


                                       Lamylle Mello em fotos descontraídas

A atriz é cheia de personalidade. Além de seu jeito alegre e irônico ao mesmo tempo, os cabelos da moça pontuam dizem fases de sua vida. Suas madeixas eram cumpridas, na altura da cintura e naturalmente castanhas. “Quando cortei o cabelo Chanel minha mãe chorou bastante”, lembra. Logo depois partiu para o ruivo, o loiro, loiro cobre até decidir que sua paixão realmente era os cabelos cor de fogo. Se isso interferiu na carreira artística?

“Quando pintei o cabelo de ruivo fazia os papéis de princesa e de uma criança, mas a aceitação foi bem legal. Inclusive fiquei muito contente de ter interpretado uma anjinha ruiva em ‘De ovo de cobra só sai sogra’, por que loiro tem uma coisa muito angelical estereotipada”.


                                     A atriz vivendo a princesa Soninho, em O Pequeno Papa-Sonhos


                      Com os cabelos cor de fogo e bem volumosos, a atriz apresenta performace mascara 

A bonita confessa que entrou no teatro para se desinibir mais. E se diverte afirmando que, como muitas mulheres, falava igual uma matraca! De tudo aprendido com o teatro, uma das coisas que ela lista como importantes foi o amadurecimento. “O teatro me obrigou a conviver com pessoas mais adultas, com pessoas de pensamentos diferentes. Isso me trouxe amadurecimento”.

Mulher independente, Lamylle diz que em muito momentos o trabalho conflitou com o teatro, mas ela persistiu. E agora tem no currículo peças como ‘Scooby Doo’, ‘Sexo frágil, que nada!’, ‘O Monstrinho’ e ‘O pequeno Papa-sonhos’  
                                                     Versão Caipora de Lamylle Mello 

Ela diz que a personagem que mais lhe saltita o coração é a Naiá, justo a primeira que a fez pisar em um palco. “Anaiá é uma personagem que guardo um carinho especial, pois tive de criar uma voz de criança que nunca tinha feito na minha vida antes, ela me deu muito trabalho, mas também foi gratificante”.


                                            Bastidores com Naiá

Por Tais de Hollanda